06/07/2010
Viúva de pedreiro morto no Walfredo Gurgel não aparece para receber indenização de mais de 200 mil
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Por onde anda dona Antônia Pereira dos Santos, viúva do pedreiro Wagner Amâncio?
Quem pode ajudar a encontrar a mulher que acaba de ganhar uma causa de mais de 200 mil reais, mas seu advogado sequer sabe como encontrá-la?
Eis o email que acabo de receber da jornalista Alice Soares, assessora de imprensa do advogado Manoel Matias:
DONA DE CASA DESAPARECIDA GANHA INDENIZAÇÃO DE MAIS DE 200 MIL
A dona de casa Antônia Pereira dos Santos ganhou uma causa contra o governo do Estado do Rio Grande do Norte no valor de mais de 200 mil reais. A indenização é decorrente de um erro médico que levou à morte do seu marido, o pedreiro Wagner Amâncio dos Santos, em 2004.
A notícia já deveria estar sendo comemorada por Antonia e seu filho, mas não se sabe o paradeiro da dona de casa que mudou-se do local onde morava no conjunto Pajuçara, Zona Norte de Natal.
Segundo o advogado que trabalha no caso, Manoel Matias Filho, depois da morte do marido, a dona de casa ficou sem ter como sustentar o filho e passou a morar com seu pai, um vendedor de pipocas.
“Eles são muito carentes. Muitas vezes tinham dificuldades até de comparecer às audiências. Esse dinheiro pode mudar a vida deles; nem dá para imaginar a felicidade da família quando souber da notícia”, contou.
Em março de 2006, foi ajuizada uma ação de pedido de indenização por omissão e erro de diagnóstico do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, (Hospital Walfredo Gurgel) pela morte do pedreiro Wagner Amâncio, ocorrida por volta das 9h manhã , no dia 20 de outubro de 2004.
Wagner deu entrada no hospital com dores muito fortes no abdômen, mas, após exames de rotina foi liberado e mandado embora pelo médico de plantão, com um simples atestado de dispensa do trabalho, vindo o pedreiro a falecer ainda no caminho de volta para casa. De acordo com o atestado de óbito a causa da morte foi uma pancreatite, inflamação no pâncreas.
“Não foram feitos os exames necessários no paciente. O médico fez apenas exames clínicos e um eletrocardiograma, que não são adequados para a obtenção de um diagnóstico mais preciso da doença”, esclareceu o advogado Manoel Matias.
Na época, foi pedida uma indenização na quantia de R$ 182.334,18.
Após longa tramitação, a causa foi vitoriosa na sua integralidade, sendo corrigida monetariamente para R$ 233.434,56 em valores do mês de junho de 2010, devendo também ser acrescido de juros moratórios, incidentes desde a ocorrência do fato.
“O governo do Estado queria repassar o ônus do problema para o médico de plantão, mas o juiz declarou que a culpa é do governo, por manter serviços de saúde de forma precária”, afirmou Manoel Matias.