26/06/2010
Desabafo do (ex) fiel escudeiro de Wilma, Vagner Araújo
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Desabafo do ex-secretário de Planejamento e da Casa Civil, Vagner Araújo, a dois dias da convenção do seu partido, o PSB...e quem sabe, do rompimento com sua quase eterna – ou quase ex? – líder, Wilma de Faria.
Eis:
Eu pretendia ser candidato a deputado federal. Trabalhei e aglutinei importantes apoios para isto. Criou-se expectativas na minha região...
Por problemas internos no partido, de acomodação de outras candidaturas próprias e aliadas, este projeto terminou não avançando.
E é a segunda vez que isto acontece.
Em 2006 eu estava com cerca de 12 prefeitos, ex-prefeitos e outras lideranças me apoiando para estadual, e fui convencido a adiar meu projeto político para 2010 devido a necessidade que o partido tinha da minha presença no governo - na Secretaria de Finanças - e, também, para dar prioridade ao ex-governador Lavoisier Maia, que devido a problemas de saúde, não teria como enfrentar a reeleição a federal.
Eu transferi minhas bases para ele se eleger estadual e ele transferiu as bases dele para Rogério Marinho.
Ambos se elegeram.
Eu continuei no governo, sem mandato.
Agora há um aceno do partido para que eu componha a chapa na condição de primeiro suplente, algo que ainda depende das articulações finais de fechamento geral da chapa.
Mas, por causa das situações passadas (aqui relatadas), sempre que há noticias ou boatos colocando outras opções menos credenciadas, há reações na minha base política, algo de que discordo - porque sou de natureza ponderada - mas que tenho tido dificuldade de conter.
Estou confiante na condução que a minha líder, presidente do partido, Wilma de Faria, dará ao processo e ao desfecho do assunto.
Não tenho os meios financeiros para suprir um perfil tradicional de suplentes de senador.
Tenho história.
E trabalho.
No passado, no presente, e principalmente no futuro para oferecer à candidata, ao partido e ao Estado.
E tenho representatividade. Legítima.
Conhecendo Wilma e demais companheiros do PSB, acho pouco provável que prevaleça a tradição retrógrada em que alguém ocupe a condição de suplente apenas por seus dotes financeiros, como se fazia na época colonial, em que as patentes de capitão, major, coronel, eram compradas a dinheiro.
E como fazem ainda outros partidos de direita, que combatemos.
O PSB é um partido moderno, que tem ideais, tem compromissos com a população, com a ética e com uma nova forma da fazer política. Portanto, não creio que enveredará por este artifício.
Sendo eu, ou outra pessoa o suplente.
Vagner Araújo