Os discursos vazios que os prefeitos não querem escutar

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Um discurso atrás do outro...e mais frustração por parte dos prefeitos...
O senador Garibaldi Filho (PMDB) foi claro ao dizer que será difícil se votar redistribuição de royalties antes das eleições.
Ele só não foi claro ao ponto de dizer que a matéria interessa a poucos e desagrada a muitos, daí os parlamentares que têm poder mesmo em Brasília, não permitirem que a matéria seja votada...
É perda de votos para muitos parlamentares Brasil afora, e que se danem as Prefeituras que sonharam um dia receber um trocado a mais...
E Garibaldi acabou sugerindo o que se pode chamar de mais uma esmolinha para os prefeitos que já estavam ali mesmo com o pires na mão para recebê-la.
Para ele, a alternativa no momento seria a edição de uma Medida Provisória com um socorro financeiro aos Municípios.
Sabe aquele “SOS” que é prometido mas nunca é pago?
Mas os prefeitos já estão passados na casca do alho...sabem que não vai rolar...
A deputada Sandra Rosado (PSB) se disse favorável à votação da Emenda 29, mas sem força para defendê-la, disse que o melhor caminho seria buscar o apoio no Colégio de Líderes.
Otimista que só candidato a governador, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) disse que as dificuldades para se incluir a Emenda 29 na pauta de votação da Câmara não devem atemorizar os prefeitos e parlamentares.
Ahn?
Como não, cara pálida?
E assim como fizeram outros parlamentares, passou a batata quente para os líderes do Estado: Henrique Alves, do PMDB, e Fábio Faria, do PMN.
Claro que o recado de Rosalba foi para Henrique, que lidera o maior partido na Câmara e tem moral para fazer cobranças.
Resta saber se o PMDB tem interesse em aprovar a Emenda 29, que tem se apresentado como uma solução para as Prefeituras e um calo no sapato do Governo...
Por trás da tal emenda, sabe Deus quais interesses tramitam com mais rapidez no Congresso do que a matéria.
A deputada Fátima Bezerra (PT) disse que iria procurar uma solução para incluir na pauta da Câmara, a votação da Emenda 29.
E afirmou que, assim como o assunto estava sendo discutido em nível de Federação dos Municípios do RN, iria acionar a Confederação Nacional dos Municípios e procurar o ministro da Educação, Fernando Haddad, para, pelo menos, tentar uma complementação financeira para que se garanta o piso salarial dos professores.
Um arranjo atrás do outro e nenhuma solução.