06/05/2010
Do Trofeu Porquinho ao Trofeu Pinóchio: coisas da imprensa
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O assunto de hoje nos corredores da política e nas redações, é o artigo do ex-prefeito de Natal e governadorável, Carlos Eduardo Alves, publicado na Tribuna do Norte, jornal de sua família.
O texto, que entra pela perna de pato, sai pela perna de pinto...fala, fala e joga a culpa na imprensa.
Só entendi isso.
Mas culpar a imprensa pelo quê?
Ah....pelo fato dele dizer que o governador Iberê Ferreira de Souza ainda não sabe se será candidato à reeleição.
Tá...mas ainda não encontrei a parcela de culpa da imprensa nessa história.
Carlos Eduardo, por acaso, é repórter?
Recebeu uma pauta e foi lá, fez o que seu editor pediu?
Não.
Então por que danado a imprensa tem que levar a culpa pela declaração dele, gravada e ouvida, inclusive, pelo governador?
Ah, sei lá...tempo de campanha é assim mesmo.
Mas a imprensa não está levando só essa culpa não.
Ah, não?
Qual é a outra?
A imprensa é a culpada por Carlos Eduardo ter dito que não vai votar na ex-governadora Wilma de Faria para o Senado.
Sim...não entendi...tá...
É...
Após ter os neurônios atropelados por esse 8 contínuo de hoje, comecei a me lembrar dos bons tempos da TV Cabugi.
Era tempo de campanha, e ainda sem uma lei específica, os políticos sujavam as ruas, pregavam cartazes em todos os postes, todos os muros, todas as placas de sinalização...
Pintavam muros inteiros com cara de candidatos, números e cores de partidos...
Aí o Departamento de Jornalismo da TV Cabugi, à época dirigido pelo jornalista Antônio Melo, lançou o Troféu Porquinho.
Que seria entregue, no final da campanha, ao político que mais tivesse contribuído com a sujeira da cidade.
E a redação ia acompanhando a imundície pelas ruas de Natal, dia após dia...e denunciando, claro.
No final da eleição...hora de apontar culpados.
Quem levaria o troféu?
Diante das muitas denúncias e de nenhuma providência, o Troféu Porquinho foi oferecido à Justiça Eleitoral.
Que viu e fez de conta que não viu.
Tanto a sujeita como as denúncias da sujeira.
Pois agora...são muitas e serão muitas as declarações, as promessas, os discursos, etc, etc, e blá-blá-blá...e os revertérios...até chegar o dia 3 de outubro.
Bem que um troféu poderia ser lançado para o período...
Que tal o Troféu Pinóchio?
A atriz Normal Bengell, que viu sua cara numa peça publicitária da presidenciável Dilma Rousseff, como se ela fosse a própria candidata, iria adorar.