22/04/2010
Wilma adere à nova ferramenta da internet para responder a perguntas feitas pelos e-leitores
[0] Comentários | Deixe seu comentário.A ex-governadora Wilma de Faria, para quem não tem rádio, TV nem jornal, como ela sempre reclamou, está se saindo muitíssimo bem nas chamadas mídias sociais.
Twitteira atuante depois que deixou o governo, agora a candidata ao Senado aderiu ao ‘formspring-me’, uma espécie de serviço complementar ao twitter.
Uma ferramenta onde os seguidores escolhem um seguido para fazer perguntas.
E assim que criou seu perfil, Wilma divulgou o novo endereço no twitter, e de repente participou de uma verdadeira entrevista coletiva.
Com um detalhe: pergunta quem quer.
Eis algumas perguntas e respostas pescadas da ‘coletiva’ de seguidores de Wilma de Faria, através do www.formspring.me/wilmadefaria
Onde qualquer pessoa pode fazer sua pergunta:
1- Elias Dantas: Olá futura senadora, parabenizo a senhora pela homenagem e o reconhecimento por parte da Polícia Civil do RN. Gostaria de dizer-lhe que no corpo de praças da PM há uma certo grau de insatisfação com relação ao aumento.
Obrigada, Elias.
Wilma - Fizemos muito pela Polícia Militar. É só comparar como era antes do meu governo e como está agora. E uma vez eleita irei dedicar minha atividade parlamentar na defesa de uma polícia militar cada vez melhor, bem remunerada e respeitada.
Sou a favor da PEC 300 e tenho conversado e trabalhado sua defesa, inclusive, com a deputada Fátima Bezerr. com quem sempre converso sobre o assunto.
2 – Não identificado - Se a senhora fizesse uma visitinha a Porto do Mangue não daria tanta ênfase assim à segurança pública em nosso estado. Aqui as pessoas são atormentadas por bombas e outros desaforos mais.
Wilma - A violência é um problema nacional, que atinge o nosso RN exatamente porque está se desenvolvendo, crescendo economicamente e atraindo - como efeito colateral que precisamos combater - criminosos até de outras regiões.
Fizemos um trabalho focado, quase dobramos o número de policiais nas ruas, e todo este reforço haverá de fazer frente a esta ameaça dos tempos atuais.
Estudando a fundo o assunto, chegamos à conclusão de que estes problemas que nos afeta agora decorrem da falta de políticas públicas na área social, de geração de emprego e de educação que deixaram que muitas das crianças de ontem terminassem sendo tomadas pelas drogas e pelo crime, algo que certamente não acontecerá com as novas gerações que estamos cuidando com políticas sociais estruturadas e competentes no atual governo:
- Bolsa Família
- Pro-Jovem
- Pro-Uni
- Minha Casa Minha Vida
- Ampliação dos Cefets (escolas profissionalizantes - IFRN) que chegaram a todas as regiões do Estado com 12 unidades;
E tantas outras ações que - se existissem há 10, 15 anos atrás, não teriam deixado no abandono - e consequentemente - se envolvendo no crime, tantos jovens que hoje estão se drogando, com uma arma na mão, trazendo tantos problemas para todos nós.
É por causas como estas e com estes resultados, que devem se consolidar nos próximos anos, que trabalho todo santo dia.
3 - Dinarte Assunção - A senhora vai às urnas de outubro enfrentando dois poderosos grupos políticos. Em algum momento a senhora lamentou não ter conseguido o apoio de um deles?
Wilma - Sempre fiz política com idealismo e com independência. Ter apoio é bom, ajuda. Mas desde que não venham para amarrar ou vincular a um ou outro interesse que não o coletivo. Nesta eleição eu me considero muito bem apoiada. Pelo povo e por lideranças expressivas.
4 – Não identificado - Governadora, porque a senhora não explicou à população que a Câmara estava errada, e na verdade a emenda que foi aprovada está numa natureza em que só servirá para a parte de Consultoria, e não para o real pagamento de pessoal da saúde?
Wilma - No caso você diz a Assembleia, né? E deve estar se referindo à emenda destinando (erroneamente) recursos para SERVIÇOS DE CONSULTORIA para aprimoramento do plano de cargos da saúde no orçamento deste ano. É isto?
Na verdade, foi devidamente explicado. A dificuldade foi se obter o reconhecimento do erro (algo digno na natureza humana) por parte de quem o cometeu.
Mas este assunto já está superado e mesmo com o erro da tal emenda nós negociamos uma melhoria das condições salariais e de trabalho da saúde que já sancionei.
5 – Dinarte Assunção - A senhora não dispõem de meios de comunicação, como já disse. Mas não deu no mesmo a veiculação, repetidas vezes, de seu governo, às vésperas de sua saída do Executivo?
Wilma - Não é a mesma coisa. A divulgação do Governo é de natureza institucional.
É uma forma de mostrar à população as obras, programas e serviços que estão sendo colocados à sua disposição. E é uma das maneiras de se prestar contas à população do que é feito do seu dinheiro, recolhido como impostos, conforme preceitua a Constituição Federal.
Não aparece a cara nem o nome do governante.
É diferente de um jornal, rádio ou televisão que um político tem para se apresentar todo dia, dizer o que quer, elogiar uns, atacar outros, mostrar só o que lhe interessa, esconder o que convém. Não se compara.
6 – Não identificado – O Ciosp só atende Natal e cidades próximas. E Mossoró?
Wilma - Ele iniciou na grande Natal onde há maior concentração de problemas. Mas está prevista e será feita a expansão para Mossoró, Caicó e o resto do Estado.
Estamos trabalhando com há o que mais moderno no mundo em tecnologia de suporte e apoio às operações policiais. Já estamos começando a ver os efeitos na solução e na prevenção dos crimes e na prisão de criminosos.
7 – Não identificado - Governadora, a senhora sancionou leis complementares que concediam reajustes salariais a algumas categorias no último dia de seu governo. Por que esse ato administrativo foi realizado apenas naquele dia? Não teria evitado greves se fosse antes?
Wilma - A Justiça Eleitoral proíbe que se conceda aumento ou reajuste salarial 6 meses antes das eleições.
Por conta disto as categorias se mobilizaram e concentram suas campanhas salariais nos primeiros meses deste ano, gerando uma demanda muito grande, requerendo intensas, demoradas e exaustivas negociações. Ainda mais que as finanças do Estado ainda estão sob efeitos da crise econômica do ano passado, gerando incertezas para o orçamento deste ano, dificultando a assunção de compromissos com maior impacto financeiro na folha de salários.
Mesmo assim, mediante muito conversa e entendimentos dos quais cheguei a participar pessoalmente - me reunindo com sindicato até em dia de domingo - conseguimos negociar com todos, condicionando reajustes a prazos que contemplaram a situação financeira e legal do estado, mas já deixando tudo aprovado e sancionado no prazo previsto na lei.
8 - Cezar Alves Repórter - Mossoró RN - Em 2009, a senhora fechou acordo com 560 odontólogos para pagar 10 milhões até dezembro (Os odontólogos cobravam R$ 62 milhões). Por que não pagou?
Wilma - Há desinformação na sua pergunta. Mas este assunto está no âmbito judicial e, como tal, só deve ser tratado na instância e nos meios judiciais.
A orientação que dei - quando governadora - à Procuradoria Geral, que representa o Estado na referida instância, foi a de buscar entendimento que leve à melhor solução possível em atendimento à categoria.
9 – Não identificado - Quantos processos a senhora responde de verdade? Se fala em 158, 186, mas na verdade são quantos?
Wilma - Claro que não há tantos processos assim. Até porque muitos já foram julgados com resultado em meu favor e arquivados.
O importante é sabermos que não há qualquer condenação transitada em julgado contra a minha pessoa. E as certidões dos Tribunais Superiores que apresentei esta semana - respondendo ao desafio que me foi feito - COMPROVAM isto. Portanto, tenho a ‘ficha limpa’, graças a Deus!
Mas meus adversários sempre tentaram criar dificuldades para mim em todas as áreas. Denunciamos entrar com processo por qualquer coisa, têm sido artifícios usados. Até porque no sistema brasileiro qualquer um pode entrar com processo contra qualquer pessoa, por qualquer coisa subjetiva, inclusive. Principalmente na justiça eleitoral e em período de campanha.
A questão é se provar o que se denuncia e, mais, ver a decisão final da justiça.
Há processo, por exemplo, que diz respeito ao fato de terem ficado fotos oficiais minhas em galerias de alguns departamentos da Prefeitura mesmo depois de eu ter deixado o cargo de prefeita de Natal, algo que não era do meu controle nem do meu conhecimento. Imagine aí.
Quem não se lembra do caso célebre em que fui denunciada publicamente por meus adversários em um debate na TV (2002) e, depois, com muito estardalhaço na imprensa local e nacional? A acusação dizia, entre outras coisas, que eu tinha uma conta milionária no exterior, com extrato (falso) e tudo publicado na imprensa.
Penei, sofri todo tipo de achincalhe, tive que apresentar toda a minha vida pessoal, abrir todos os meus sigilos: bancário, fiscal, e telefônico. Algumas pessoas duvidando da minha índole, e qual foi o resultado disto? Talvez você não saiba, porque a imprensa que denuncia não é a mesma que repõe a verdade depois. E quando repõe não o faz com o mesmo destaque da denúncia.
Então, veja você mesmo. Entre no endereço abaixo e olhe o que aconteceu: conforme foi provado, a tal denúncia e os tais documentos foram forjados por um falsário, um estelionatário, um bandido que em conluio com políticos de expressão do RN, adversários meus, criou um dossiê totalmente falso contra mim a exemplo do que fez com outros políticos e autoridades em outros estados, chegando a induzir instituições judiciais a erros e prejudicando pessoas inocentes, como eu. Terminou desmascarado e preso.
Por fim, obrigado pela oportunidade que você me dá para revelar, esclarecer e mostrar a todos como funcionam estas coisas.
Mas eu trabalho firme e tenho toda esperança que a política em nosso país vai evoluir. Com o cidadão mais esclarecido, mais consciente, vamos avançando e a limpeza na política vai acontecer. Principalmente pelo voto livre, tornando a atividade política um instrumento legítimo para a conquista do bem comum com justiça e paz para a sociedade.