11/04/2010
Em Caicó, Garibaldi diz que Rosy de Sousa é "muito nova" e seu nome pode ser avaliado
[0] Comentários | Deixe seu comentário.E o Blog reproduz entrevista concedida pelo senador Garibaldi Filho, em caicó, ao blog de Marcos Dantas (www.marcosdantas.com).
Onde ele fala no apoio a Rosalba, na coligação em andamento...e na indicação Verde da irmã da prefeita de Natal Micarla de Sousa, a empresária e ex-secretária Rosy de Sousa, para ser sua suplente...
Eis a entrevista de Marcos Dantas com Garibaldi:
Marcos Dantas - Essa sua vinda ao Seridó representa a parceria firmada com o ex-prefeito Roberto Germano?
Garibaldi Filho - Eu não poderia faltar a esse convite para estar ao lado de Roberto Germano nesta hora importante para a sua vida política. Ele vai ser lançado deputado estadual e eu quero ser, desde o inicio, solidário com essa candidatura.
MD - Quando o PMDB vai decidir como ficará essa questão da coligação para a eleição deste ano?
Garibaldi - É porque o PMDB não pode decidir sozinho. A coligação, ela hoje depende de outros partidos, e no caso, a coligação mais viável, é aquela que o deputado Henrique Eduardo já afirmou que poderá ser a nossa coligação. E ele vai trabalhando pra isso, integrada pelo PMDB, PR e PV.
MD - Como o senhor analisa a formação dessa aliança?
Garibaldi - Eu acho que essa aliança tem condições de nos colocar na campanha que vai ser iniciada, é uma aliança de partidos que se juntam para não apenas dar uma resposta às exigências da lei eleitoral, mas também para dar uma respostas àqueles que realmente vêem nesses partidos e lideranças, legitimidade para serem os seus representantes.
MD - Como o senhor recebeu as declarações do deputado Nelter Queiroz de que se sentia traído por não ter seu apoio e ter sido trocado por Roberto Germano?
Garibaldi - Já há algum tempo que eu não venho conseguindo me identificar com o deputado Nelter Queiroz. Eu não sei exatamente o que ele quer de mim. Eu faço o que acho que é melhor para o meu partido, para o Rio Grande do Norte, e agora para a minha candidatura.
MD - O senhor se sente responsável pela situação enfrentada pelo seu primo Henrique Eduardo, em ter que fazer uma boa coligação ou colocar seu mandato em risco?
Garibaldi - Não. Isso do coeficiente é muito alto, independentemente do que possa acontecer com o PMDB, que não iria jamais se apresentar sozinho. Em qualquer situação, mesmo que o PMDB estivesse totalmente unido em torno das suas opções, mesmo assim precisaríamos de votos que se somassem aos de Henrique Eduardo. Ele vai ter uma grande votação, mas o coeficiente é de quase 220 mil votos.
MD - Comenta-se nas rodas políticas do Estado que numa possível desistência de Iberê Ferreira, o nome a ser lançado para disputar o governo seria o do senador Garibaldi Filho. Você aceitaria esse desafio de mais uma vez disputar o governo?
Garibaldi - Eu não aceito. Desde que aconteceu, depois de 2006 que eu resolvi não me candidatar. Não por ressentimento de ter perdido a eleição, mas porque acho que já cumpri meu dever, fui governador duas vezes e deixem os outros sentirem esse prazer.
MD - Tendo um familiar disputando o governo do Estado, que é Carlos Eduardo, e outro que apóia o governador Iberê que é Henrique Eduardo, o que fez você optar por Rosalba Ciarlini?
Garibaldi - Eu fiz a opção pela senadora Rosalba Ciarlini levando em consideração uma afinidade que se criou entre eu e ela na campanha de 2006. A partir daí nós passamos a conviver no Senado e passamos a cogitar deste meu apoio à sua candidatura. Depois é que tivemos a decisão de Carlos Eduardo ser candidato. Quer dizer, as coisas aconteceram em tempos diferentes. Eu tenho o maior apreço por ele e desejo felicidade, mas eu não tenho condições de voltar atrás.
MD - Diante de uma situação onde, dos dois senadores do Estado, um pode voltar para o Rio Grande do Norte, a estratégia é pedir voto para si mesmo e deixar os outros votarem em quem quiserem?
Garibaldi - A estratégia é pedir votos para todos os candidatos que tiverem ali no seu palanque. Você não vai poder deixar de contemplar todos os candidatos que estiverem ao seu lado, sob pena de ser retaliado.
MD - Então pra você tanto faz ter votos dos eleitores de Wilma ou de José Agripino? O importante é ser votado?
Garibaldi - Não é bem assim. Eu não vou estar no palanque de Wilma de Faria. Seria muito fácil pra mim ter feito a opção pela coligação governista. Na hora que eu não fiz, eu não vou ter Wilma ao meu lado. O que eu estou dizendo é com relação aqueles que vão realmente estar ao meu lado no palanque.
MD - O senhor aposta numa campanha radical, com discursos inflamados de denúncias contra os adversários ou não?
Garibaldi - Eu acho que vai ser uma campanha igual às outras. A gente sempre prega e deseja uma campanha diferente, mas vocês sabem que isso é difícil. O amadurecimento político está se processando, mas não será do dia pra noite que nós teremos uma campanha como na Suíça ou outro país, cuja democracia esteja no apogeu.
MD - A imprensa especula que sua primeira suplente pode ser a Rosy de Sousa, irmã da prefeita Micarla de Sousa. Depois disso, algumas críticas surgiram, inclusive seu primo, jornalista Agnelo Alves, chegou a dizer em um programa de rádio que tinha pena de você numa situação como essa. Como você recebe essas críticas?
Garibaldi - Eu não recebo critica pelo que não aconteceu. Eu queria que esses críticos tivessem calma ao criticar e deixassem que as coisas acontecessem. Como se critica uma coisa, se não aconteceu?.
MD - Mas é uma boa indicação o nome dela?
Garibaldi - Eu não sei ainda não. Ela é uma pessoa muito jovem e o nome dela pode perfeitamente ser examinado, não por mim...
MD - Mas o senhor não participa da discussão e escolha dos seus suplentes?
Garibaldi - Participo, mas não faço isso sozinho. É fruto de um certo consenso.