08/04/2010
Da vitória por 6X1 do América contra o CRB de Alagoas, aos dias duros de hoje, já vão 22 anos...
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Do jornalista Rubens Lemos Filho, ex-secretário de Comunicação do governo, recebo e-mail que poderia muito bem ler e guardar.
Ou deletar.
Mas não poderia deixar de dividir com meus leitores a comemoração pelos 22 anos em que o dono de um sempre belo texto, emplacou o seu primeiro na Tribuna do Norte.
Veículo onde eu também emplaquei o meu primeiro, numa edição de domingo, meia página e assinado.
Para orgulho do meu pai, que até aquele dia achava que eu tinha escolhido a profissão errada.
Certo para ele era a Medicina.
Abaixo as lembranças de Rubinho, de 22 anos atrás...
Festejadas em meio a choque da realidade.
Eis:
Minha Cara Thaisa
É confortadora a sua solidariedade. Ninguém, nestes dias, tem tido tanto apreço em ligar para mim, sem pretexto.
É incomparável a sua preocupação em saber como anda o amigo.
Andando ele segue. As pernas continuam.
O coração também.
A sensibilidade. A gratidão.
Ontem (7), do nada, você me telefonou para me parabenizar pela nossa profissão comum.
Ontem (7), era o 17º aniversário do meu filho. Que preferiu não comemorar. Quem sai aos seus não degenera.
Ele já está homem, com a vantagem de haver passado pela adolescência que eu não tive o privilégio de conhecer.
De menino, tornei-me chefe de uma família que está unida.
E a quem participei seus gestos.
Ontem você me pediu uma crônica.
Hoje (8), tamanha coincidência, faz 22 anos que cumpri minha primeira pauta, na Tribuna do Norte, cobrindo um jogo de futsal, esporte que mais amo, retratando fielmente a vitória do América sobre o CRB de Alagoas. Um 6x1 consagrador. No Velho Palácio dos Esportes.
Vou chegando aos 40 anos com a sensação de que as poucas amizades superam as conveniências, para que não exista a rima com a falsidade.
Solidário por herança, agradeço.
Espontâneo por essência, o apreço me faltou de quem eu esperava mais.
Aguardei, idiota de placenta, apoio, me veio uma censura titubeante. Medrosa.
Bom, basta, como dizia o meu pai.
Seja grato aos que estiverem com você nas horas duras. Os de momento, são de passagem. Ele dizia.
Aos que vão, voltam e vacilam, nada. São fracos, opacos e pálidos. Servis a todos. Há, ainda, os que esperam matar no cansaço, como se da luta não brotasse nossa história.
Faço questão do registro, porque parco é o poder, pródigo por passageiro, ilusão dos desiludidos.
Abraço sincero,
Rubens Lemos Filho
*
Rubinho...
Emocionada, porque sou besta de doer, com suas poucas palavras.
Mas sou assim.
Sou libriana. Justa na essência.
Apaixonada.
Pela vida, pela família, pelos amigos.
Grata serei sempre aos que um dia me fizeram bem.
Com você, apenas perpetuo uma amizade que nem era minha.
Guardo na lembrança de criança, a imagem de um Rubens Lemos – Rubão – chegando de taxi à casa da minha avó Têca Galvão, na rua Antônio de Melo, no Barro Vermelho.
Chegava e sentava numa cadeira de ferro verde, apenas para conversar com ela, senhora mais velha do que ele...
Mas perpetuando uma amizade que havia começado com meu avô Luiz Antônio, já falecido nesta época.
Pra mim, as coisas só são passageiras quando não têm importância.
Quando só acontecem, se necessárias forem.
Se elas me fazem crescer, perpetuam.
Um amigo me diz que isso é coisa de seridoense...
Mas acho que isso é coisa de gente.
Coisa de amigo.
Torço por você.
Assim como você, já saí.
Mas como fiz amigos, saí cheia de amigos.
E estou aqui.
Para encontrar com você, a porta de entrada.
A porta da volta.
Abraço grande.
Tg