Presidente do CRM diz que acha "ridículo tratar paciente como mercadoria"

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“É ridículo tratar paciente como mercadoria”.
A declaração foi dada ao Blog, agora há pouco, pelo médico Luís Eduardo Barbalho de Mello, presidente do Conselho Regional de Medicina, se referindo às denúncias do coordenador-geral do Samu, e publicadas no Blog.
Segundo André Pinto, médicos e enfermeiros do Samu chegam aos pronto-socorros do Walfredo Gurgel e Hospital Santa Catarina, ouvem dos médicos a seguinte frase: “Lá vem o carro da Ceasa: só traz abacaxi e pepino!!!”
A denúncia foi reforçada pela coordenadora de Enfermagem do Samu, Wilma Dantas, que disse já ter recebido agressões verbais na porta dos pronto-socorros, citando casos que a deixaram mais chocada: pacientes graves, vítimas de AVC, foram deixados na ambulância enquanto os médicos dos hospitais, aos gritos, se recusavam a recebê-los.
Pois bem.
Depois de um dia inteiro em salas de cirurgia, o presidente do CRM conversou com o Blog e disse não concordar com a troca de ofensas enquanto uma vida aguarda por socorro.
“Em situações como essas, tem que imperar o bom senso”, afirmou Luís Eduardo, que disse não ter tomado conhecimento destes casos específicos, mas há meses vem recebendo reclamações do Samu sobre esse tipo de problema.
“O Samu já solicitou ao CRM um parecer sobre como proceder em casos esses, onde o Walfredo Gurgel não recebe pacientes e estes ficam nas ambulâncias”.