19/11/2009
Lúcia Jales defende diploma para jornalistas: ‘profissão demanda conhecimentos técnico-científicos’
[0] Comentários | Deixe seu comentário.A advogada Lúcia Jales disputa a eleição para presidência da OAB-RN pela Chapa 2. Para ela, o diploma do jornalista é necessário, vez que a profissão ‘demanda conhecimentos técnicos’. Para Lúcia, a Ordem tem o papel e o dever de defender ‘o advogado e a advogada’.
Thaisa Galvão - Na sua visão, qual a principal missão institucional da OAB/RN?
Lúcia Jales - A prevista nos incisos I e II, art. 44 de seu Estatuto: a) I - defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; b) II - promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil.
Thaisa - O que você pensa sobre a obrigatoriedade do diploma de jornalista?
Lúcia - O exercício da profissão de jornalista demanda conhecimentos técnico-científicos, daí a necessidade de uma formação profissional específica. Não obstante, defendo que outros profissionais possam colaborar com os veículos de comunicação, o que se harmoniza com os princípios da livre manifestação do pensamento e da liberdade de imprensa. Não há sociedade livre sem uma imprensa livre e independente.
Thaisa - Na sua opinião o que o futuro presidente pode fazer pela OAB?
Lúcia - Defender as prerrogativas do advogado e da advogada, tornando primeiramente a classe forte para que possa defender o cidadão com qualidade no cumprimento da importante missão institucional. Abrindo as portas da OAB para todas e todos posicionará a instituição diante das questões públicas o que, aliás, é de sua tradição de luta e faz parte de sua História.
Thaisa - Opine sobre qual o papel do advogado como agente transformador da sociedade.
Lúcia - Em seu dia a dia, como primeiro elo de ligação entre o cidadão e Estado-Juiz, o advogado é o primeiro juiz da causa. Nesse sentido, deve pautar sua atuação profissional com sensibilidade, buscando atenuar os conflitos sociais. Noutro mister, é o defensor das liberdades públicas, sempre defendo o cidadão contra o arbítrio na defesa de seu patrimônio e de sua liberdade. Na medida em que atua com senso crítico, conscientizando a comunidade de seus direitos ele empresta relevante contribuição para transformação da sociedade.