11/05/2009
Sindicância aponta mais irregularidades do que as que já foram publicadas na imprensa
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O resultado de uma sindicância interna para apurar o escândalo dos medicamentos vencidos, será lido agora à tarde na Câmara Municipal, durante uma audiência pública.
No relatório assinado pela presidente da comissão, e auditora do Município, Ana Tereza Fiúza Mota; pela controladora geral do Município, Regina Bezerra da Mota; e por José Osvaldo Ferreira Borges, os problemas encontrados são mais graves do que os que foram publicados até o momento.
Segundo o relatório, feito com base em documentos da gestão do ex-prefeito Carlos Eduardo, foi constatado que, ao contrário do que declarou o ex-secretário de Saúde, Edmilson Albuquerque, a Urbana recolheu sim, remédios vencidos no ano passado.
E mais: jogou fora mais de 50 mil litros de fórmulas líquidas.
Nos cálculos do relatório, 536 “bambonas” de 200 litros foram deixadas com prazo de validade vencida...o que dá um total de mais de 100 mil litros de remédios desperdiçados.
O relatório mostra que era prática comum, na gestão anterior, jogar remédio vencido pelo ralo.
As caixas de comprimidos eram abertas, os remédios jogados e os frascos deixados no lixo comum.
Com as fórmulas líquidas ocorria a mesma coisa: o vidro era aberto, o medicamento derramado, e o frasco jogado no lixo.
Os remédios derramados no ralo, segundo um relatório do ano passado, que serviu de base para a sindicância, são uma verdadeira ameaça ao meio ambiente, vez que podem contaminar o lençol freático já tão contaminado de Natal.
Mais....
Foi comprovada a existência de veneno para matar ratos no galpão que acondicionava os medicamentos, já que um documento, da gestão anterior, pedia a retirada dos mesmos que estavam, à época, causando intoxicações em funcionários do setor.
As notas fiscais analisadas pela sindicância, 233 ao todo, num total de 4 milhões, 394 mil, 162 reais, estavam quase todas – 99% - sem assinatura no carimbo do certificado de recebimento.
Também não havia datas.
E mais...
Segundo depoimentos anexados, a razão desse desencontro de informações nas notas era mais grave ainda: em grande parte, as notas eram assinadas mas os medicamentos não chegavam.
E ainda, que muitos remédios foram entregues ao Município, com prazota de validade vencido.
Ai, ai...