15/04/2009
Ministros distribuíram passagens para parentes, assessores e amigos
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Segundo o site Congresso em Foco, das 54 viagens da de José Múcio Monteiro, apenas 5 delas tiveram o próprio ministro como passageiro.
Passagens da cota que seria dele foram emitidas em nome do filho José Monteiro Neto, do genro João Leal, do sobrinho Fernando Monteiro e do primo Rômulo Monteiro.
Que viajaram para Recife, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.
Dos quatro voos da cota de Geddel Vieira Lima, foram passageiros sua mulher Alessandra, as filhas Mariana e Juliana, e uma pessoa identificada por Ana Paula Santos.
O ministro Reinhold Stephanes usou sua cota parlamentar para transportar várias pessoas: a mulher Cristina Angélica Batistuti Stephanes, que é diretora de Operações da Agência de Fomento do Paraná, a filha Mylene Stephanes, gerente de Atendimento do Hospital Cardiotrauma de Ipanema, no Rio de Janeiro, um assessor do Ministério da Agricultura, Plínio Rosa Filho...
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Os três ministros têm a mesma resposta para justificar o uso da cota após se licenciarem da Câmara. Stephanes, Geddel e Múcio informam por meio de suas assessorias de imprensa que os bilhetes foram usados por créditos gerados a partir de suas cotas durante o exercício do mandato de deputado.
Os três não vêem problema algum em utilizar a cota parlamentar em viagem de parentes.
Eles alegam que podem usar as cotas livremente após o recebimento do crédito da Câmara e negociar a emissão das passagens diretamente com as companhias aéreas.
O Congresso em Foco procurou o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence, mas ele preferiu não comentar a conduta dos ministros licenciados.