22/03/2009
Secretário de Comunicação espera que Justiça decrete "ilegalidade e abusividade" da greve
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Primeira greve enfrentada pela prefeita Micarla de Sousa, a da Educação deverá ter um desfecho nesta segunda-feira, quando se espera que a Justiça defina se o movimento é legal ou não.
E nesta manhã de domingo, através da Secretaria de Comunicação, a Prefeitura manifestou sua “indignação” com a postura classificada de “intransigente” assumida pelo Sindicato dos Professores, “que não atendeu a proposta oferecida pelo município de reajuste real de 12 % para os professores e o compromisso de voltar a negociar com a categoria no meio do ano”.
Diante do quadro, o secretário de Comunicação, Jean Valério, acredita que a Justiça deverá reconhecer “a ilegalidade e abusividade da greve”, permitindo que os alunos da rede municipal de ensino retomem suas atividades escolares e não tenham prejudicado o ano letivo.
“A prefeita, que assumiu há menos de 3 meses, determinou que o reajuste de 12% fosse aplicado. E comprometeu-se em voltar a conversar com a categoria. É um compromisso. O que a Prefeitura não pode é assumir agora é um reajuste sem saber se poderá cumprir. Tivemos queda no repasses de FPM. O Sindicato precisa entender que a prefeita Micarla de Sousa está agindo com responsabilidade”, declarou Jean, ressaltando ainda que os 12% oferecidos pela Prefeitura terão impacto sobre a folha de pagamento, até dezembro de 2009, de R$ 5 milhões.
“Isso eles não estão levando em consideração. É preciso dar um crédito de confiança à nova gestão. Não se pode mais agir com intransigência, enquanto inúmeros estudantes continuam sendo prejudicados”, disse o secretário.
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Na quinta-feira, a Prefeitura ingressou com Ação Civil Pública na Justiça Estadual solicitando a declaração da ilegalidade e abusividade da greve, deflagrada no dia 02 de março.