27/08/2008
Josias de Souza repercute acusações de Fátima a Garibaldi Filho
[0] Comentários | Deixe seu comentário.E o senador Garibaldi Filho também é notícia no blog do Josias de Souza (www.josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br).
Que repercutiu, ontem à noite, a notícia de que o presidente do Senado está apoiando a candidatura da deputada Fátima Bezerra, que até a campanha passada fazia acusações contra ele.
Veja, na íntegra, o texto do jornalista da Folha.
GARIBALDI APÓIA PETISTA QUE JÁ O CHAMOU DE ‘LADRÃO’
Em Natal, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB), apóia Fátima Bezerra (PT).
Garibaldi abandonou a parceria estratégica que mantinha com o colega Agripino Maia (DEM).
E foi ao programa televisivo da candidata petista ao lado de antigos rivais.
Entre eles a própria Fátima, Lula e a governadora potiguar Vilma de Faria (PSB).
Na briga pela prefeitura, o candidato Miguel Mossoró (PTC) resolveu incomodar.
Na rabeira das pesquisas, Miguel pôs-se a realçar um episódio do passado.
Recorda que, há quatro anos, Fátima chamava Garibaldi de “ladrão”.
“Ladrão da Cosern”, dizia do neo-aliado a candidata do PT.
Cosern é a companhia de energia elétrica do Estado. Quando governador, Garibaldi levou-a ao martelo.
Amealhou-se na privatização algo como R$ 700 milhões. Dinheiro que Fátima disse ter sido mal aplicado.
Falando a alunos de um colégio de Natal, Miguel Mossoró disse que foi proibido pela Justiça Eleitoral de levar o episódio ao seu programa de TV.
“Vedaram minha boca, não poso mais falar. A Justiça me proíbe de dizer na TV que há quatro anos Fátima chamou Garibaldi de ladrão da Cosern...”
“...Eu ia fazer minha campanha na televisão com uma tarja na boca. Na rua vou continuar falando.”
Instada a comentar o passado que Miguel Mossoró tenta impedir que passe, Fátima Bezerra preferiu o silêncio.
E Garibaldi: "Não vou ser hipócrita e dizer que, naquele período, não fiquei chateado. Claro que ficava sim...”
“...Mas hoje isso não acontece mais, até porque essas denúncias não redundaram em processo contra mim e a opinião pública tem uma visão diferente daquela época."
A política, como se vê, impõe constrangimentos hediondos. O político, por vezes, tem de engolir sapos sem esboçar indigestão.
Escrito por Josias de Souza às 20h01