21/06/2008
Prefeito de Apodi resolve \"dar o troco\" e chama Garibaldi e Henrique de \"bacuraus do Paraguai\"
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Veja trechos da entrevista:
O Vale do Apodi – Como o senhor está se sentindo no grupo de antigos rivais políticos como o ex-prefeito Simão Neto, ex-prefeito Evandro Marinho, ex-prefeito Ivo Freire, médica Solange Noronha, empresário Terceiro Melo, Fábio Soares, dentre outros?
Jose Pinheiro – Olha, política são como as nuvens do céu, você olha e está de um jeito, mas amanhã já está de outro. Quem diria que Garibaldi e Henrique estariam juntos com Wilma como estão agora? E foram eles que me chamaram de "bacurau do Paraguai". Então chegou a hora de dar o troco a eles, vou também chamá-los de bacurau do Paraguai. É dessa maneira que as coisas acontecem na política.
VA – Falta pouco mais de 6 meses para seu mandato chegar ao fim. Após isso o senhor continuará morando e militando na política ou vai encerrar a carreira?
JP – Continuarei morando em Apodi e vou mandar fazer meu túmulo. Já deixarei pronto pra quando eu morrer me enterrar em Apodi. E no dia do enterro eu quero uma grande festa, com música, charanga, e todo o grupo que conviveu comigo todos esses anos, felizes por Apodi.
VA – Quais os motivos que levaram o senhor a deixar o PMDB, sigla onde fez história na política de Apodi?
JP – A história do PMDB de Apodi, que eu levei nas costas durante os 27 anos que estou na cidade, foi um simples fato que até entristece a gente dizer. Eu pedi ao senador Garibaldi Alves e ao deputado Henrique Alves que me dessem a direção do partido, já que eu estava encerrando minha carreira como prefeito e gostaria de ficar como presidente. Foi logo após a eleição para governo do Estado, que Garibaldi perdeu. Então, como eu não votei no filho de Garibaldi nem na senadora Rosalba Ciarlini, isso fez com que eles dois me excluíssem do PMDB. Eu não saí por livre e espontânea vontade, fui excluído por Garibaldi que, com um simples telefonema, não considerou um grupo todo, pois ele devia ter feito uma reunião com todo o partido pra dizer da sua decisão. Com um simples telefonema, às 9 horas da manhã de um sábado, ele dizia que a partir daquela hora eu não pertencia mais aos quadros do PMDB, que eu podia seguir o meu futuro político que ele ia seguir o dele junto com Klinger, Agustinho e Gorete. Eu só fiz dizer a ele que tava tudo bem, só lamentava a forma como ele resolveu me eliminar do partido, pois não achei que fosse a coisa sensata nem correta.