20/06/2008
Polícia Federal investiga desvio de recursos para construção de casas populares
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Depois da Higia, a Polícia Federal executa a Operação João de Barro em vários estados, incluindo o Rio Grande do Norte.
A operação investiga o desvio de dinheiro público para casas populares, em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Minas gerais, Goiás, Tocantins e Distrito Federal.
São cerca de mil policiais federais espalhados em todos os Estados.
Ainda não há informações restritas à operação no Rio Grande do Norte.
Veja as informações publicadas pela Agência de Notícias da Polícia Federal:
A partir de denúncias veiculadas pela imprensa, uma auditoria do TCU realizada em 29 municípios do leste de Minas Gerais revelou indícios de fraude na execução de obras. Em seguida, a investigação policial resultou na desarticulação de um esquema criminoso de desvio de verbas públicas destinadas, principalmente, à construção de casas populares e estações de tratamento de esgoto em vários municípios. O desfalque atingia as chamadas Transferências Voluntárias, que compreendem recursos financeiros repassados pela União aos Estados, Distrito Federal e Municípios em decorrência da celebração de convênios ou empréstimos cedidos pela Caixa Econômica Federal e BNDES. Parte significativa dessas transferências se destinam a custear obras que integram o Programa de Aceleração do Crescimento - PAC. Com menos dinheiro para a execução, as obras não apresentaram o padrão de qualidade e quantidade previsto no projeto original como emprego de material de qualidade inferior, extensão da obra entregue menor que a estabelecida no projeto ou não realização da obra.
Até o momento, os projetos apresentados pelo esquema receberam o repasse de 700 milhões de reais. A operação pode impedir que mais 2 bilhões de reais tenham o mesmo destino.
Todos os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. Os mandados de prisão foram expedidos pelo Juiz Hermes Gomes da 2ª Vara de Governador Valadares/MG. No curso da operação foi fundamental o apoio do judiciário em mais de uma instância, do Ministério Público Federal e da Controladoria Geral da União.
Às 15 horas uma entrevista coletiva será realizada no Edifício Sede do Departamento de Polícia Federal em Brasília.