12/08/2016
José Dias diz que Estado não raspará tacho do Funfir e critica oposição que faz guerra e não se preocupa com funcionalismo
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O deputado estadual José Dias (PSDB) explicou ao Blog que a matéria aprovada ontem na Assembleia Legislativa não autoriza o governo a sacar 300 milhões do fundo penitenciário. Sequer raspa o tacho, como se diz. Segundo Dias, o saldo de hoje do fundo previdenciário é de 307 milhões, 840 mil, 939 reais e 98 centavos. E o que os deputados aprovaram? Um saque agora de 11 milhões, 763 mil, 667 reais e 57 centavos, e outro, no dia primeiro de janeiro de 2017, de 51 milhões, 958 mil, e 500 reais. Na conta do polêmico Funfir ainda restarão, depois dos dois saques, em valores de hoje, 244 milhões, 118 mil, 772 reais e 41 centavos, que não tem autorização para saque. “Isso é um empréstimo e o Estado está obrigado a devolver”, afirmou Zé Dias, afirmando que o Rio Grande do Norte deve hoje, 10 vezes mais do que poderia dever, por lei. “Agora o que acontece é que se faz uma campanha dizendo que os funcionários vão ser prejudicados, mas o dinheiro sacado é para pagar a eles mesmos. Do fundo, só os aposentados e pensionistas. Mas na hora que se paga a eles, o cofre do Estado fica desafogando para pagar os ativos. Então os aposentados estão emprestando um dinheiro para pagar a eles mesmos”, declarou José Dias, chamando atenção ainda para um debate político de oposição em torno do assunto. “O que há é uma minoria ruidosa fazendo essa guerra toda porque se o Estado não pagar aos servidores, o Governo estará liquidado. Mas liquidado mesmo estará o funcionalismo. O problema é que quem está fazendo essa guerra, não está preocupado com os funcionários públicos. Estão usando os funcionários como bucha de canhão. Para o deputado do PSDB, “a situação é difícil, absurda, e os responsáveis por isso deveriam responder por isso. As pessoas que estão fazendo essa guerra são as mesmas pessoas que não querem que o governo pague ao funcionalismo”, disse Dias. Questionado sobre a identidade dessas pessoas, o parlamentar deixou bem claro tratar-se de ex-governadores.