Petição do MP mostra que acusado de chefiar esquema foi chamado a Brasília pelo senador José Agripino

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E como o Blog publicou, o senador José Agripino trabalhou bastante para honrar o compromisso com o Consórcio Inspar, que em troca da certeza de que fecharia contrato com o governo Rosalba, ajudou na campanha de reeleição do senador. De acordo com as interceptações telefônicas publicadas feitas com autorização judicial, e contidas na petição do Ministério Público, que deflagrou a operação, foi ao próprio Agripino que o advogado George Olímpio, apontado pelo MP como "chefe do esquema", cobrou, mesmo sem sucesso, o compromisso de campanha... Eis o trecho de uma conversa telefônica entre George e o construtor Gilmar da Montana, também preso na Operação: George - Olhe, eu fiquei sabendo agora que a ordem é para mandar cancelar. Gilmar - Osvaldo queria falar com a gente… eu não sei, você que sabe, se você não quiser ir não vá. George - Não! Vá. Gilmar - Vá, não. Ele quer falar com a gente. George - Escute! Eu estou chegando no aeroporto. Eu tô indo para Brasília agora… vou falar com o ministro e com José Agripino… eles mandaram me chamar lá, tô pegando o voo agora… tô no meio do caminho não sei nem se eu pego o voo, viu? Gilmar - Tá bom, meu irmão. Então eu vou falar com ele, vou na casa dele mais tarde… Do Blog: E logo surge a curiosidade: "Qual ministro??" E logo se conclui: Garibaldi. Errou quem pensou que o ministro citado no processo é o da Previdência. De acordo com a petição do MPE, numa conversa do advogado George Olímpio, dessa vez com o suplente de Agripino, o tucano João Faustino, João diz que falou com o senador e que ele havia lhe dito que iria telefonar para a governadora e para Paulo de Tarso (então chefe da Casa Civil do governo Rosa). A George, João Faustino diz que a reunião do senador José Agripino com o ministro "Delgado" será às 18 horas... Ministro Delgado, para quem não sabe, trata-se do potiguar José Augusto Delgado, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ)... O senador deveria estar tentando comprovar a "legalidade" do contrato do governo do Estado com a Inspar, já considerado "legal" pelo procurador Geral do Estado, Miguel Josino Neto.